terça-feira, 13 de maio de 2008

Castelos medievais e outros de arquiteturas menos ortodoxas

Diário do Capitão Data Estelar 19820302.4: “ Não... devo... pagar... 5 euros por acesso à internet...” Pois é, dá pra entender porque os posts pouco freqüentes. Pelo menos enquanto não saímos de Lisboa, conviver com essas taxas malucas atrapalha bastante a vida de um viajante conectado.
Botando os eventos em dia, ontem a missão era buscar nosso meio de transporte, uma esportiva e aerodinâmica minivan. Claro que o objetivo inicial era tremendamente simples, com a locadora de carros a apenas 500 metros do hotel. Mas como toda trama de aventura, tentaram nos empurrar um carro qualquer, nos forçando a dirigir até o aeroporto para trocar por um veículo um pouco mais decente. A nobre tarefa de pilotar o trambolho pelas ruas de Lisboa obviamente caiu sobre meus ombros; e eu fiz a minha parte me perdendo no caminho (pelo menos o estádio do Benfica é bem bonito... e descobri como chegar a Lyons, na França, saindo de Lisboa).
À tarde começamos realmente a fazer programas interessantes, visitando o bairro de Alfama, onde fica o Castelo de São Jorge. Uma fortificação medieval exatamente como esperamos ver uma (para os meus jogadores, hehehe, tenho um mapa novo de castelo, hehehe), com direito à ponte levadiça e ameias para os arqueiros.



O castelo fica no alto da cidade, com uma vista completa da antiga Lisboa. Quero acreditar que os canhões não ficavam apontados para as casas desde aquela época, mas vai saber qual a tática de repressão que o exército usava naquele tempo.


Essa foto tenta repetir a foto tirada de minha mãe, 30 anos atrás, encostada no mesmo canhão. O tempo (e nem o vento) ajudaram.

À noite, um jantar no Bairro Alto, com direito a um show de fado. Devo admitir que o restaurante era bastante turístico (ou seja, para enganar turista) e que o restaurante típico do dia anterior havia sido muito mais agradável.

Novo dia, partimos para explorar as imediações de Lisboa. Primeiro destino, o Castelo da Pena, na cidade de Sintra. O problema de se chegar em Sintra não é encontrar as placas para a cidade. O problema é escolher em quais confiar. Se todos os caminhos levam à Roma, dois deles com certeza passam por Sintra e, é óbvio, precisamos utilizar os dois para chegar onde queríamos (a surrealidade de se chegar a um lugar sem de fato ter chegado lá ainda me confunde). Talvez as placas divergentes apontando o mesmo destino tivessem algo a ver com tomar o caminho mais longo ou o mais curto, mas ainda era muito cedo para Led Zeppelin ser um fator decisivo em nossa viagem. Pelo menos, depois de subir, subir e subir, a vista compensou.



Eu poderia esperar castelos medievais europeus, castelos ao estilo Luís XIV, ou até castelos de influência moura. Mas eu com certeza não esperava por isso...


Seriam os portugueses devotos de Cthulhu?

Com torres multicoloridas e influências arquitetônicas de uma meia dúzia de origens, o castelo foi o resultado de um arquiteto alemão que provavelmente tomou tanto ácido que incorporou o espírito de Gaudi antes mesmo deste ter existido. Uma pena não poder fotografar o interior, mas os cômodos internos foram projetados para seres menores que o humanóide padrão. Na saída do castelo, uma visita ilustre, Bilbo Bolseiro. (Para os meus jogadores, hehehe, tenho outro mapa de castelo, hehehe)



Dali partimos para outra cidade da região, Cascais. Cascais, assim como Estoril, é uma cidade litorânea ao norte de Lisboa. Muitas das casas ali são obviamente resultados de padarias muito lucrativas em Lisboa. As praias são bonitas... para se observar de longe. Eu não gostaria de nadar em um lugar chamado Boca do Inferno.



Noite se aproximando, aproveitamos para visitar um Outlet, onde se vendem coisas supostamente mais baratas que nas lojas. Era longe, vazio e, pra maioria das pessoas, decepcionante. Eu que não tinha o que fazer lá fui quem saí com mais sacolas. Ainda bem que as excursões aos shoppings supostamente acabaram. Deixo vocês com o pôr-do-sol na ponte Vasco da Gama. Amanhã é dia de partir para o Sul.