sexta-feira, 16 de maio de 2008

Como ir da Espanha à Inglaterra e de volta em 40 minutos

O dia começou com uma chuva fina e fria, o quê atrapalhou muito conhecermos melhor Cádis, que descobri ser das mais antigas cidades do mundo, com colonização fenícia. Perdidos numa metrópole chuvosa, o jeito foi seguir viagem, porque programamos muitas paradas ao longo do dia.

A primeira delas foi em um cantinho inglês dentro da Espanha, o território de Gibraltar, de onde a Rainha pode vigiar tudo que se passa na entrada do Mediterrâneo. Rodamos na cidade no pé do monte, falamos inglês (tudo bem, todo mundo lá era espanhol, mas não deixava de ser Inglaterra, oras!) e subimos o quanto deu para tentar ver a África. Eu não sabia, mas até que Gibraltar é uma pedra e tanto. Hércules era mesmo o cara (quem não lembra, a mitologia diz que Hércules abriu o Mediterrâneo separando a montanha de Gibraltar entre a européia e sua equivalente na costa africana)!



De lá partimos para almoçar na cidade de veraneio de Marbella, uma espécie de Búzios na Espanha. Praias bacanas, sol, top less (pena que era uma mulher caída) e um almoço agradável antes de tocar para a estrada de novo.



Dali seguiríamos para Málaga, mas todos no carro (menos eu) haviam ouvido falar de Rhonda, uma cidade ao norte daquela região. E tocamos para Rhonda, eu de novo no volante, sem saber que o que nos esperava era isto.



Mais que dirigir por 50 Km em uma estrada como esta, talvez o mais frustrante tenha sido chegar lá em cima, não conseguir estacionar em quase lugar nenhum, rodar pouquíssimo tempo e descer outros 50 Km das mesmas pirambeiras. Mas ficou a vontade de ficar no lugar mais tempo, que parece ter sido construído dentro de um antigo forte mouro, incrustado em uma grande montanha de mármore.

Fim do dia e muito cansaço na direção, ainda caio na hora do rush em Málaga e tento encontrar um hotel no meio de uma das maiores cidades da região. Depois de muita frustração, pedimos ajuda para um táxista. Por hoje é só, cansei de dirigir.


Venci a montanha!